Workshop Narrativo

Examina o comportamento usando a narrativa, seja ela em formato já publicado; através de exercícios de escrita pessoal no momento pelos participantes, ou testando reacções mais automáticas a certas palavras que podem provocar respostas agradáveis ​​ou desagradáveis.

Na Psicologia, as teorias narrativas de identidade consideram que o nosso eu é construído através de uma narração estruturada da nossa vida em histórias com algum sentido de direcção: um começo, um meio e um fim (MacIntyre, 1985, 1990). O facto de sermos animais contadores de histórias, como afirma Jonathan Gotchall, faz com que a literatura seja uma fonte privilegiada de informação sobre a articulação da moralidade e emoção. Vários estudos identificaram uma ligação entre a leitura de ficção e uma maior capacidade de respostas empáticas (Mar, Oatley, 2008, 2011; Johnson, 2012), embora alguns investigadores afirmem que a empatia não é necessariamente imperativa para o julgamento moral, podendo ser até potencialmente responsável por discernimentos morais mais pobres (Prinz, 2011). Um estudo publicado na Science por David Kidd e Emanuele Castano (2013) concluiu que a leitura de ficção melhora o desenvolvimento da Teoria da Mente (ToM), entendida como a capacidade de “inferir a ampla variedade de estados mentais (crenças, desejos, intenções, imaginação, emoções, etc.) que resultam em acção […] capacidade de reflectir sobre o conteúdo da nossa mente e da mente dos outros” (Baron-Cohen, 2001: 175). Outros estudos sugerem que fazemos diferentes deliberações morais consoante estejamos a julgar algo na nossa língua materna ou numa língua estrangeira (Geipel et al., 2015). Através de uma série de exercícios narrativos, os participantes irão explorar a função representativa da literatura de forma a compreender melhor as nossas próprias emoções e juízos morais.

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